Trabalho no turno da manhã em uma escola no município de Cidreira. E esse ano fui contemplado com uma estagiária que iria trabalhar com meus alunos de quarto ano , fazendo seu estágio de seis meses .
Fiquei muito feliz pois iria ter tempo para organizar meus planejamentos. Mas as dificuldades começaram. Primeira de todas foi o número de alunos, 29 alunos, sendo que haviam entre eles uma menina com autismo e outro menino com laudo por ter tido muitas convulsões tendo muita dificuldade em apreender e se socializar com os colegas. Fora os indisciplinados, silábicos alfabéticos e outros problemas já conhecidos no contexto escolar.
Começamos a trabalhar juntos, eu e ela. No terceiro dia de aula fiz uma dinâmica com a música cabeça , ombro , joelho e pé e todos os alunos adoraram.
Mas para minha surpresa no outro dia um pai foi reclamar com a direção da escola que eu estava dando "pulinhos na sala" e onde estava escrito que isso é dar aula.
A equipe diretiva veio falar comigo e disse que ele era um pai que já havia dado problemas no ano anterior, e que nem era para ligar pois ele era assim estava sempre indagando . No mesmo momento pedi para ir falar com esse pai e elas disseram que ele não queria me ver na frente dele, pois o filho dele tinha labirintite e não podia pular.
Pediram só para que eu cuidasse para o menino não pular e nem participar das atividades recreativas e lúdicas.
Fiquei completamente chateado e não aceitei que fosse assim. No outro dia falei com a diretora e pedi uma reunião com esse pai o mais rápido possível. E assim foi feita agora nessa segunda- feira .
Fui preparado com tudo que aprendi na faculdade para mostrar para esse pai que o lúdico é muito importante dentro de uma sala de aula, e que não é simples "pulinhos".
Primeiro ele falou ,e eu só ouvindo, mas na hora que comecei a falar fiquei muito feliz , pois tudo que eu falava eu tinha argumentos e certezas nas minhas concepções.
Par resumir eu disse: - Meu senhor eu trabalho com meus alunos dessa foram que acabei de lhe explicar e não vou mudar pois acredito que a criança tem que aprender brincando e sendo feliz dentro de uma sala de aula. E mais gostaria de lhe dizer que tem no município outros quartos anos com outras propostas de trabalho e o senhor fique a vontade de buscar uma outra forma de ensinar seu filho.
Para minha surpresa ele disse: - Quero que meu filho fique na tua turma e o que precisar de mim vou lhe ajudar. Jesusssssss!!! Obrigado minha faculdade amada por me dar subsídios para defender o que eu acredito ser uma educação de qualidade e amor.
O "poder", a competência está no conhecimento. No momento que há o embasamento teórico para respaldar a prática, conseguimos clarear para todos os objetivos que temos a alcançar.
ResponderExcluirVerdade Simone.
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