domingo, 19 de março de 2017

Alfabetização Geográfica.

              Compreender, interpretar são duas palavras que muitas vezes deixam os alunos em  pânico pois muitas vezes se retratam a grandes textos, longos livros e polígrafos.
               Mas cada dia que passa essa concepção está sendo mudada pelo fato de que podemos compreender e interpretar de muitas formas, que estimulam e desafiam os alunos, fazendo-os pensar , buscar, sem medo de errar.
                Lendo as atividades de Estudos Sociais, me deparei com as palavras " Alfabetização Geográfica". Achava que só havia um tipo de alfabetização e acabei me dando conta que existem várias formas de alfabetização. Que alfabetizar tem um sentido bem mais amplo que que só saber ler e escrever letras e números.   E sim compreender e interpretar o mundo que nos cerca.

Vivenciando a Aprendizagem.

       " O aluno não se reduz a falar, mas a pensar e buscar significações a partir de um processo contínuo das interações com o meio e dele abstraindo relações" (ALCARAZ e MONLLOR, 2016,p.12). Achei muito importante essa fala citada no artigo lido , pois realmente o aluno precisa vivenciar e encontrar significado para o processo de aprendizagem.
       Essa foto foi tirada agora no início do mês de março de 2017,na minha turma de terceiro ano, onde de 23 alunos somente 5 sabem ler e estão a nível de terceiro ano e os outros 18 na sua grande maioria não reconhecem nem as letras do alfabeto.
        Ai pensei:- Já que estão desde o primeiro ano em contato com o mundo da escrita e não conseguiram aprender, vou ter que dar outro significado a esse processo. E assim estou tentando fazer, ensiná-los de maneira diferente, fazendo-os vivenciar e dar sentido as aprendizagens propostas.
     

quarta-feira, 8 de março de 2017

Diferença entre ver e olhar


        Achei muito interessante a forma com foi explanada esse assunto sobre a diferença entre ver e olhar. Pois nunca havia me dado conta o quanto é diferente a visão entre os dois e consegui visualizar essas ações dentro do meu contexto escolar.
       Pelo que entendi do que li a respeito foi que:
       OLHAR: Início do ano o professor diz que certa aluna não sabe ler ainda.
       VER: O professor constata que a aluna não conseguiu ler ainda e começa a buscar novas formas de ensiná-la e observando o que ela precisa.
      E eu hoje em sala de aula me defronto com essa situação em relação a minha aluna autista e ao meu aluno com dificuldade de aprendizagem. E agora! Ver ou olhar?
      
       

terça-feira, 7 de março de 2017

Fazendo História.

       " História para ajudá-los na compreensão de sí , dos outros e do lugar que ocupamos na sociedade" ( NADAI)
       Comecei a fazer isto com meus alunos de terceiro ano, conhecer o ambiente em que irão estudar, vivenciando e experimentando novas visões e sensações.
       Ficar de pé na cadeira e cantar uma música com dramatização, subir na classe, ver a sala de um outro ângulo, desvendando seu corpo e seu ambiente, assim iniciamos a história da turma 34 na EMEF Erineo Scopel Rapaki. E bora mostrar a História e a Geografia de uma forma mais viva e interessante.

Tempo da criança e o Tempo da escola.

       O tempo mais uma vez norteia nossos estudos na faculdade. Primeiro organizar o tempo para termos bons resultados na nossa vida. E agora estudar o tempo da criança e o da escola.
       O texto lido na interdisciplina de  Estudo Sociais trouxe uma abordagem muito consistente em relação a esse tema. Fazendo -me refletir o quando que é importante respeitar o tempo da criança.
       Ás vezes elas começam o processo de aprendizagem quase no finalzinho do ano, tendo que ser reprovado pois seu avanço não foi o suficiente para passar para a outra série.
       E repensando minha forma de avaliar , conversando com minha supervisora, resolvemos oportunizar aos meus alunos que reprovaram no ano passado uma nova chance de realizarem uma avaliação, assim , tendo a oportunidade de avançarem .
     
     

Aonde isso é dar aula?

       Trabalho no turno da manhã em uma escola no município de Cidreira. E esse ano fui contemplado com uma estagiária que iria trabalhar com meus alunos de quarto ano , fazendo seu estágio de seis meses .
       Fiquei muito feliz pois iria ter tempo para organizar meus planejamentos. Mas as dificuldades começaram. Primeira de todas foi o número de alunos, 29 alunos, sendo que haviam entre eles uma menina com autismo e outro menino com laudo por ter tido muitas convulsões tendo muita dificuldade em apreender e se socializar com os colegas. Fora os indisciplinados, silábicos alfabéticos e outros problemas já conhecidos no contexto escolar.
       Começamos a trabalhar juntos, eu e ela. No terceiro dia de aula fiz uma dinâmica com a música cabeça , ombro , joelho e pé e todos os alunos adoraram.
       Mas para minha surpresa no outro dia um pai foi reclamar com a direção da escola que eu estava dando "pulinhos na sala" e onde  estava escrito que isso é dar aula.
       A equipe diretiva veio falar comigo e disse que ele era um pai que já havia dado problemas no ano anterior, e que nem era para ligar pois ele era assim estava sempre indagando . No mesmo momento pedi para ir falar com esse pai e elas disseram que ele não queria me ver na frente dele, pois o filho dele tinha labirintite e não podia pular.
       Pediram só para que eu cuidasse para o menino não pular e nem participar das atividades recreativas e lúdicas.
       Fiquei completamente chateado e não aceitei que fosse assim. No outro dia falei com a diretora e pedi uma reunião com esse pai o mais rápido possível. E assim foi feita agora nessa segunda- feira .
       Fui preparado com tudo que aprendi na faculdade para mostrar para esse pai que o lúdico é muito importante dentro de uma sala de aula, e que não é simples "pulinhos".
       Primeiro ele falou ,e eu só ouvindo, mas na hora que comecei a falar fiquei muito feliz , pois tudo que eu falava eu tinha argumentos e certezas nas minhas concepções.
      Par resumir eu disse: - Meu senhor eu trabalho com meus alunos dessa foram que acabei de lhe explicar e não vou mudar pois acredito que a criança tem que aprender brincando e sendo feliz dentro de uma sala de aula. E mais gostaria de lhe dizer que tem no município outros quartos anos com outras propostas de trabalho e o senhor fique a vontade de buscar uma outra forma de ensinar seu filho.
       Para minha surpresa ele disse: - Quero que meu filho fique na tua turma e o que precisar de mim vou lhe ajudar. Jesusssssss!!! Obrigado minha faculdade amada por me dar subsídios para defender o que eu acredito ser uma educação de qualidade e amor.